Vista do lago
É um complexo paisagístico público de grande valor histórico. Na Quinta da Boa Vista localizam-se o Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia, vinculado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro.
Museu Nacional da UFRJ antes da reforma
História
Durante os séculos XVI e XVII, a área onde atualmente se encontra a Quinta, existia uma fazenda dos Jesuítas porém, em 1759, a mesma foi desmembrada e passou à posse de particulares.
Quando a Família Real chegou ao Brasil em 1808, a Quinta da Boa Vista pertencia a um comerciante português Elias Antônio Lopes, que havia erguido um casarão sobre uma colina, da qual se tinha uma boa vista da Baia de Guanabara. Daí a origem do nome atual da Quinta.
Como nessa época havia uma carência de espaços residenciais no Rio de Janeiro, Elias doou a sua propriedade ao Príncipe-regente D. João Maria de Bragança, mais conhecido como Dom João, que transformou-a em residência real.
A Quinta ainda estava cerca por manguezais e a comunicação por terra com a cidade era muito difícil. Mais tarde, os trechos que eram alagadiços foram aterrados e os caminhos de terra mais aprimorados e o casarão da Quinta necessitou ser adaptado. A reforma mais importante se iniciou à época das núpcias do Príncipe D. Pedro com Maria Leopoldina de Áustria em 1816 até 1821.
O arquiteto inglês John Johnston foi encarregado do projeto que além da reforma, instalou um portão monumental em sua entrada, presente de casamento do general Hugh Percy (2º Duque de Northumberland. Esse portão foi inspirado no pórtico de Robert Adams para a "Sion House", residente deste nobre na Inglaterra.
Esse portão hoje se encontra destacado como entrada principal do Jardim Zoológico. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Portão Monumental
O mesmo portão como entrada principal para o Jardim Zoológico
Residência Imperial
Com a Independência do Brasil, D. Pedro I encarregou das obras do agora Paço Imperial, o arquiteto português Manuel da Costa, posteriormente substituído como autor do projeto em estilo neoclássico do edifício.
O Paço tinha apenas um torreão no lado norte da fachada principal, porém ganhou outro simétrico no lado sul e um terceiro pavimento começou a ser erguido sobre os dois que já existiam.
Após o casamento em 1817, D. Pedro e a Imperatriz D. Leopoldina, passaram a residir no Paço. Ali nasceram a futura Rainha de Portugal, D. Maria II e o futuro imperador do Brasil, D. Pedro II. Neste mesmo lugar, veio a falecer, em 1826, a imperatriz D. Maria Leopoldina.
Palácio Imperial
A foto mais antiga do Palácio Imperial
Palácio Imperial em meados do século XIX
Vale ressaltar que D. Pedro II nasceu (2 de dezembro de 1825), cresceu e viveu na Quinta da Boa Vista junto com sua irmã mais velha D. Maria II (4 de abril de 1819). Já em 1826, veio a falecer a imperatriz D. Maria Leopoldina.
Em 29 de julho de 1846 nasce a Princesa Isabel, filha de D. Pedro II com D. Teresa Cristina.
Com a chegada da República, a Quinta foi sede da Assembléia Nacional, responsável pela Constituição Brasileira de 1891. Porém, em 1892, o então diretor do Museu Nacional, Ladislau Neto, conseguiu que a instituição fosse transferida do Campo de Santana para o Palácio.
Os Jardins de Glaziou
Uma das maiores reformas que a Quinta da Boa Vista já passou foi a obra de embelezamento dos jardins, por volta de 1869, com o projeto do paisagista francês August François Marie Glaziou, as quais muitas características originais permanecem até os dias atuais, como a Alameda das Sapucaias, um lago em que se pode andar de pedalinhos e outro onde se encontra uma gruta artificial, onde se pode alugar canoas a remo.
Projeto Original em aquarela de August Glaziou
Foto: Acervo do Nova Friburgo Country Clube
Caminho para o Museu
O coreto, também, chamado de Pagode Chinês
Gruta Artificial
Canoas a remo
Do lago esquerdo, o Templo de Apolo e, mais à frente,
Canto das Sereias, de Nicolina Vaz de Assis
Vista do lago com vários pedalinhos
Um ótimo programa de fim de semana para a família
O Museu Nacional
O Museu Nacional está vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é voltado ao estudo científico e cultural atuando na memória e produção científica. É um dos mais importantes museu brasileiros, sendo a primeira instituição científica do país e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina.
O palácio foi criado por Dom João VI em junho de 1818 e residência da família real portuguesa de até 1821. Pertenceu, também, à família imperial brasileira de 1822 a 1889, abrigou a primeira Assembléia Constituinte Republicana de 1889 a 1891 e é sede do Museu Nacional desde 1892.
Museu Nacional da UFRJ nos dias atuais
Em 1964, o Museu passou a ser administrado pela então Universidade do Brasil, atual UFRJ. Os pesquisadores e laboratórios ocupam boa parte do museu e alguns prédios erguidos no Horto Botânico, na Quinta da Boa Vista. No Horto encontra-se uma das maiores bibliotecas científicas do Rio de Janeiro.
Horto Botânico
Garça vista no horto botânico
Oxalis debilis
Atualmente, o Museu Nacional oferece cursos de pós-graduação vinculados à UFRJ nas áreas de Antropologia Social, Arqueologia, Botânica, Geologia, paleontologia e Zoologia.
Alguns itens expostos no Museu:
Pterossauro
Esqueleto do Maxakalisaurus topei (Dinoprata)
Tiranossauro Rex
Pinguim
Um pedacinho do Maracanã visto de uma das janelas do Museu
Jardim Zoológico
O Jardim Zoológico do Rio de Janeiro tem, entre seus principais objetivos, o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, tendo por base, os animais de seu acervo como: peixes, répteis, aves e mamíferos.
Foi inaugurado em 18 de março de 1945, pelo então Presidente da República, Getúlio Vargas.
Em 1985, foi transformado em Fundação jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro, ligada à Prefeitura do Rio de Janeiro. Essa mudança proporcionou maior agilidade administrativa, permitindo um grande processo de modernização que transformou a instituição em respeitado centro de pesquisas e educação ambiental reconhecido em todo o país e no exterior.
Em janeiro de 2005, foi inaugurado o Museu da Fauna, um projeto voltado à educação ambiental que permite conhecer os ecossistemas brasileiros.
Algumas atrações:
Zebrinha e a girafa
Tucano
Bicho preguiça
Uma belíssima fonte
Viveiro para tartarugas
Elefante
Placas indicativas
Passarela da fauna
Atualmente, o Zoológico do Rio de Janeiro encontra-se interditado pelo Ibama desde 14 de janeiro de 2016. O motivo da interdição é que vários animais estariam vivendo em más condições. Muitos morreram devido à falta de comida e ao forte calor. Algumas licenças não estariam de acordo com o órgão, que desde 2012 vinha notificando a Prefeitura sobre essas falhas.
O Ibama além de interditar o zoológico, aplicou uma multa diária de R$ 1.000,00 contra a secretaria do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, até que o órgão efetive a adequação ambiental do parque.
Isso não significa o fechamento definitivo do zoológico. A Fundação RioZoo deve continuar realizando a gestão adequada do parque até as irregularidades sejam sanadas, como: manter os animais com alimentação adequada, em ambientes limpos e que favoreçam o comportamento de cada espécie que ali habita.
Enfim, visitar a Quinta da Boa Vista é um ótimo programa para toda a família. Um lugar de fácil acesso, bem cuidado e muito aprazível. Várias escolas organizam passeios a fim de que as crianças tenham um maior contato com a natureza e elas ficam encantadas com o que encontram...
Você pode simplesmente caminhar, andar de bicicleta, sentar embaixo de uma árvore para ler ou descansar, almoçar no restaurante, fazer um piquenique com a família e recarregar as baterias para seguir adiante.
Antiga entrada principal da Quinta da Boa Vista
Comemoração do Dia do Trabalhador
Restaurante da Quinta da Boa Vista
Famílias fazendo piquenique
E a ginástica ao ar livre que não podia ficar de fora
Informações úteis:
Endereço: Avenida Pedro II, s/n - São Cristóvão
Tel.: (21) 2568-8262
Possui estacionamento próprio
** Acesso ao Museu mediante pagamento de uma taxa
** Acesso ao Jardim Zoológico mediante pagamento de uma taxa
Obs.: crianças até 1,00m não pagam